Jornal AÇÃO
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Jul-Ago/2016
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CARTA DO PRESIDENTE
de pensão. Mesmo sabendo que o posicionamento dele
era o mesmo do governo, ou seja, a favor do projeto, o
secretário foi receptivo a nossos argumentos e garantiu
que a nossa reivindicação seria levada para o Ministério
da Fazenda, a Casa Civil e a Presidência.
Além disso, temos apoio da Ordem dos Advogados
do Brasil do Distrito Federal (OAB/DF), que apresentou,
durante um seminário promovido pela Abrapp e pela
Anapar, uma proposta para suspensão do regime de ur-
gência do PLP nº 268/2016. Em seu argumento, a OAB/
DF destacou que está buscando o apoio das entidades
representativas da previdência complementar fechada
para propor novo requerimento a ser assinado pelos líde-
res partidários, “para a extinção da tramitação em regi-
me de urgência, de modo a permitir a discussão do PLP
nº 268/2016 de forma mais ampla e mais bem alinhada
à importância estratégica do tema”.
Nos inúmeros encontros realizados no Congresso Nacio-
nal com parlamentares da base aliada do governo, da opo-
sição, dos partidos menores – todos eles listados na maté-
ria de capa desta edição –, ficou claro que a união entre as
entidades fez toda a diferença. A AAFBB, a Faabb, a Anapar,
a Abrapp, entre muitas outras, estão lutando pelo mesmo
ideal. Essa robusta participação também está contribuindo
para as vitórias que alcançamos até agora.
Muitas têm sido as ações realizadas pela ANABB.
Além das reuniões com deputados, temos divulgado dia-
riamente notícias sobre o assunto em nosso site e envia-
do e-mails aos associados, conclamando todos a reme-
ter mensagens às lideranças partidárias para votarem
contra o projeto da forma como veio do Senado Federal.
O trabalho ainda não acabou e seguimos firmes mos-
trando o posicionamento da ANABB: não somos contrá-
rios à totalidade do projeto, pois acreditamos que ele
contém avanços importantes para nosso sistema de pre-
vidência complementar. A mobilização busca aperfeiço-
ar temas polêmicos e efetuar ajustes no texto do projeto
que contemplem os interesses dos participantes e dos
assistidos da Previ.
A ANABB possui 30 anos de existência e uma história
de representatividade e defesa dos interesses legítimos de
funcionários da ativa e dos aposentados do BB, especial-
mente nas questões relacionadas à Previ e à Cassi. Com
mais esta atuação no Congresso Nacional, estamos lutan-
do para obter um modelo de gestão melhor para os fundos
de pensão. Uma gestão mais transparente e cada vez mais
profissional é de suma importância a aposentados e pen-
sionistas, pois garante a certeza do pagamento presente e
futuro dos benefícios para milhares de famílias.
Boa leitura!
Para quem ainda tem dúvidas sobre a representati-
vidade da ANABB, nos últimos dois meses, mostramos
a força da Associação no Legislativo e no Executivo. Por
um lado, entramos em uma verdadeira arena de negocia-
ções com os deputados para evitar que o Projeto de Lei
Complementar nº 268/2016 fosse aprovado em regime
de urgência na Câmara dos Deputados; por outro, confir-
mamos que a unidade realmente nos torna mais fortes.
A matéria de capa desta edição do jornal Ação mos-
tra, de forma geral, o trabalho da ANABB junto aos par-
lamentares. Por onde passamos levando a bandeira
da ANABB, fomos bem recebidos e, principalmente,
fomos reconhecidos pelo trabalho desenvolvido em fa-
vor de milhares de pessoas. Não é qualquer entidade
que carrega uma marca tão expressiva. Deixamos re-
gistrado que a Associação Nacional dos Funcionários
do Banco do Brasil trabalha em nome de mais de 203
mil participantes e assistidos da Previ, funcionários da
ativa, aposentados e pensionistas do BB, e defende o
interesse de aproximadamente 800 mil pessoas que
dependem da Caixa de Previdência.
Na reunião viabilizada pelo Congresso em Foco, no
fim do mês de julho, com o novo presidente da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), por exemplo, a
ANABB foi a única entidade representativa da classe
bancária que participou do encontro. Havia pessoas
de diversos setores da economia e nossa presença
foi de extrema importância para reforçar nosso posi-
cionamento. Nessa reunião, ficou claro o interesse do
presidente Rodrigo Maia em discutir a governança dos
fundos de pensão.
Também nos reunimos com o secretário de Políticas
de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Abi-
-Ramia Caetano. O secretário é a maior autoridade na
área de previdência do governo. O cargo equivale ao de
ministro da Previdência, órgão que foi incorporado ao
Ministério da Fazenda na última reforma ministerial.
Pedimos que fosse criado um fórum entre governo, li-
deranças do Congresso Nacional, representantes de
patrocinadores e de participantes e assistidos dos fun-
dos de pensão para que haja negociação dos pontos
do PLP nº 268/2016 que merecem ser aperfeiçoados.
Um forte argumento foi a diferença existente entre
os diversos fundos de pensão, que possuem tamanhos
e recursos totalmente desiguais, o que impossibilita
que muitos possam se adequar ao que está sendo
exigido pelo projeto. Além disso, reivindicamos que a
votação do PLP nº 268/2016 só ocorra após as ne-
gociações entre o governo, o Congresso Nacional e os
representantes de entidades relacionados aos fundos
ATUAÇÃO QUE
GERA RESULTADOS
Reinaldo Fujimoto – Presidente da ANABB