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Page Background 32 | Jul-Ago/2016 | Jo

rnal AÇÃO

OPINIÃO

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fesa do Banco e de seu funcionalismo, a ANABB, além

de oferecer a seus associados serviços específicos, no

sistema do individualismo, oferece ainda trabalhos pon-

tuais que beneficiaram, beneficiam e beneficiarão todos

no sistema do associativismo.

Em 1990, a ANABB conseguiu, com ação judicial,

impedir que a Previ aplicasse 25% de suas reservas

técnicas em certificados de privatização, chamados de

moedas podres, porque sem rentabilidade ou garantia

de retorno. Nessa mesma linha de ação, em 1994, nova

medida judicial livrou a Previ de aplicar 35% (R$ 1,5 bi-

lhão) de suas reservas técnicas em títulos da dívida pú-

blica (NTN Série R), com juros entre 8% e 12% ao ano,

quando a inflação beirava 2.500% ao ano.

Essas medidas tiveram e têm certamente contribuí-

do para a higidez da Previ, com reflexos individuais para

cada participante ou assistido da Caixa. Garantiram a

dispensa de contribuição e o pagamento do BET por al-

gum tempo e a certeza de continuarmos a receber nos-

sos benefícios.

Mas houve e há outras ações da ANABB com resulta-

dos diretos para cada funcionário do BB (ativo, aposen-

tado e pensionista), seja ou não associado da entidade.

A título de exemplo, em 1997, a ANABB apresentou

e defendeu na Assembleia Nacional Constituinte três

emendas populares, uma das quais abordando a par-

ticipação dos trabalhadores nos lucros e nos resultados

das empresas.

Outros trabalhos se seguiram com ajuizamentos co-

letivos em defesa dos associados (Imposto de Renda

sobre 1/3 dos benefícios da Previ em 1994; contra a

tributação sobre venda de férias, folgas, abonos assi-

duidade e licença-prêmio em 1995; e IR Quilometragem

em 1999, todas ações que já produziram e continuam

produzindo efeitos). Esses resultados beneficiaram in-

dividualmente milhares de associados em valores que,

somados, beiram os R$ 2 bilhões. Se você nunca rece-

beu PLR, benefício da Previ, Quilometragem do Banco

e nunca vendeu férias, então você tem razão. A ANABB

nunca fez nada por você.

É cediço que o associativismo objetiva o envolvimen-

to de algumas ou de muitas pessoas em busca de um

objetivo comum. O fogo pode ter sido a forma mais em-

pírica de associativismo, quando em torno dele nossos

ancestrais se reuniam nas cavernas em busca de calor

e proteção. Talvez por esse simbolismo, os gregos o liga-

ram aos Jogos Olímpicos.

Hoje circula por nossas cidades a Tocha Olímpica.

Reunamo-nos em torno dessa chama em busca de uma

ANABB mais forte, de um BB que cumpra sua função so-

cial e, com ela e com ele, de uma nação mais justa e de

uma humanidade mais humana.

“Não pergunte o que seu país pode fazer por você,

mas o que você pode fazer para seu país.”

John F. Kennedy

É comum ouvirmos questionamentos simplistas,

mas tendenciosos, sobre o que a ANABB pode ou está

fazendo por seus associados.

Isso nos leva a rememorar a importância do associa-

tivismo, de modo geral, e tentar entender as motivações

e os frutos de atitudes de nossos antepassados, sobre-

tudo das gerações que nos antecederam no Banco do

Brasil. Aliás, o associativismo nasceu da necessidade

de as pessoas unirem seus esforços para alcançar um

objetivo comum.

Tivessem os heroicos 52 colegas que fundaram a

“Caixa Montepio dos Funccionários do Banco da Re-

pública do Brazil”

preocupações apenas imediatistas,

não teriam se unido para, antecipando-se mesmo às

mudanças de seu tempo e à própria previdência oficial

no Brasil, a criação da Previ.

E para quê? Que benefício a nascente entidade po-

deria proporcionar-lhes de imediato?

Nada. Absolutamente nada.

Todavia, conscientes da insegurança quanto ao futu-

ro de seus descendentes, irmanaram-se na construção

de um objetivo comum, qual seja estruturar uma entida-

de

“cujo fim é exclusivamente garantir o pagamento

de uma pensão mensal ao herdeiro do funcionário que

dela fizer parte”

, como consta no Artigo 1º do primeiro

Estatuto.

É fácil dimensionar hoje os benefícios que recebe-

mos da Previ, fruto do vanguardismo e do desprendi-

mento dos que a erigiram. Nem nos preocupamos com

a história. Entramos depois no BB e isso já estava pron-

to, embora não tenha caído do céu.

Com o passar do tempo, novos produtos passaram a

ser-nos oferecidos pela Previ. Empréstimos imobiliários,

para nos ajudar na conquista da tão sonhada e valoriza-

da casa própria. Empréstimos simples, para nos livrar de

sufocos financeirosmomentâneos, e por aí vai. Será que

os fundadores chegaram a pensar nisso nas reuniões

que precederam e fizeram vicejar a Caixa?

É certo que os recursos de uma e de outra dessas

carteiras decorrem de poupanças dos próprios partici-

pantes, arvoram-se em dizer alguns, como se a Previ

não fizesse mais que obrigação. É certo também que

uns e outros criticam as condições e os critérios desses

empréstimos. Mas isso corrobora a assertiva de que

precisamos deles e a eles recorremos. E se não os ti-

véssemos?

Temos também a Cassi, a Fenabb, as AABBs, a ANA-

BB, entre outras entidades. Criada para atuar em de-

João Botelho

Vice-presidente de Relações Institucionais

virin@anabb.org.br

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