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Mar-Abr/2015

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Jornal AÇÃO

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

SEMANA DE

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Por Álvaro Modernell, especialista em Educação Financeira e Previdenciária

Na segunda semana de março, foi realizada, em

mais de 100 países, a IV Global Money Week. No

mesmo período, o Comitê Nacional de Educação Fi-

nanceira (Conef) coordenou a II Semana Nacional

de Educação Financeira, com ampla participação de

entidades públicas e privadas. Dois eventos simila-

res, com objetivos semelhantes e grande mobiliza-

ção de comunidades. Dados preliminares indicam

que mais de três milhões de crianças e jovens foram

alcançados, nas mais de três mil ações realizadas

por centenas de entidades no mundo todo. No Bra-

sil, estimam-se 500 eventos, em mais de 100 cida-

des em todas as regiões brasileiras, com públicos

de todas as idades.

São números expressivos. Surpreendentemente,

para muitas pessoas a maioria dessas ações não fala

de números ou contas, apesar de falar de finanças.

Não trata apenas de dinheiro, ainda que o assunto

seja educação financeira. Aliás, a educação finan-

ceira já está rompendo esse paradigma baseado na

crença de que dinheiro é o assunto principal.

Qualidade de vida, cidadania, crédito responsável,

consumo consciente, ética e sustentabilidade estão

cada vez mais presentes, revezando-se no centro

das ações, enquanto o dinheiro, simples instrumen-

to, vem sendo visto como algo que precisa ser bem

aproveitado, claro, não como um fim em si mesmo, e

sim um meio em prol de outros objetivos.

Nas escolas, já foi superado o mito de que é assunto

apenas para as aulas de matemática. Nas universida-

des, pouco é estudado e muito ainda há para ser apren-

dido e ensinado. Tanto quanto no resto da sociedade.

Felizmente, ainda que de maneira lenta, mais e mais

pessoas e empresas estão se conscientizando sobre a

importância da educação financeira. Em tempos de in-

certezas sobre o futuro da economia, de taxas de juros

elevadas, de restrições no crédito, de endividamento ge-

neralizado e de ameaça de volta da inflação, nada me-

lhor do que investir na prevenção, na conscientização e

na educação – financeira, nesse caso.

Tantos países, tantas organizações, tantas entida-

des, tantas pessoas envolvidas e motivadas para es-

palhar educação financeira mundo afora e tem gente

que ainda não se tocou: educação financeira é bom

pra todos. E necessária! Quem tem dinheiro precisa

aprender a preservá-lo e a valorizá-lo. Quem não o

tem, precisa fazer bom uso para que renda mais e

proporcione mais qualidade de vida. Quem está apo-

sentado deve estar sentindo arrependimento por

não ter se preparado melhor financeiramente. Quem

ainda está na ativa deveria estar mais atento a seu

porvir. De que viveremos mais não há dúvidas. Preci-

samos também viver melhor.

Não é o caso de ponderar o que é mais importante:

saúde, amigos, renda, reservas ou família. Todos são pi-

lares da tranquilidade e da felicidade. Se um dos pilares

estiver mais frágil, a estrutura toda pode ser abalada.

Aproveite! Faça um

check-up

. Se o pilar mais frágil

for o das finanças, mais fácil: a educação financeira e

previdenciária podem resolver.