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Mar-Abr/2015
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Jornal AÇÃO
CAPA
Sustentabilidade
Dirigentes da Cassi e do Banco do Brasil e representantes do funcionalismo
tentam encontrar formas de sanar os consecutivos
déficits
do Plano de
Associados da Caixa de Assistência. Saiba como andamas negociações
O processo negocial sobre a sustentabilidade e
a perenidade da Cassi está a todo vapor. ANABB,
Contec, Contraf, AAfbb, FAABB, além dos diretores
eleitos da Cassi, reuniram-se na segunda semana
de maio para discutir uma forma conjunta de as
entidades nacionais representativas dos funcio-
nários do BB atuarem para o restabelecimento da
sustentabilidade da Cassi.
No início de maio, a Contec e a Contraf solicitaram
ao Banco do Brasil que se iniciassem negociações so-
bre a situação da Cassi. A abertura das negociações
ocorreu em 12 de maio de 2015 e as duas confedera-
ções, em uma mesma mesa, contaram com a partici-
pação da ANABB, da AAFBB e da FAABB. A condução
do processo negocial de forma coletiva é importante
para que o resultado das negociações tenha mais ob-
jetividade e efetividade, contribuindo para a constru-
ção mais rápida de unidade sobre os pontos de vista
das diversas representações dos funcionários do BB.
Assim, foi dado início a um período de negociação
para que seja garantida a saúde dos funcionários
ativos e aposentados, a sustentabilidade da Cassi e
a manutenção do reconhecimento pelo BB da impor-
tância da Caixa de Assistência para que este possa
continuar a apresentar resultados satisfatórios para
todas as partes.
O desafio não é simples, pois envolve diversas
questões. Uma delas é a sustentabilidade financeira
da Cassi. Tudo o que for consumido em consultas, tra-
tamentos e exames tem de ser pago. Essa conta está
ficando cada vez maior e é preciso discutir a melhor
forma de pagá-la. Para isso, é necessário equacionar,
em forma pactuada de custeio, o custo médico que,
em função dos avanços tecnológicos desejados, cres-
ce acima das taxas de inflação geral; os salários que
crescem, em média, pela inflação geral; o aumento
desejado da longevidade; e as eventuais decisões es-
tratégicas do BB que afetem a estrutura de cargos e,
por consequência, as receitas do plano.
O Banco do Brasil tem argumentado que não é
obrigado a aumentar sua contribuição patronal para
a Cassi, pois o Estatuto da entidade fixa sua contribui-
ção em 4,5%. Isso é verdade. Mas é verdade também
que o mesmo Estatuto fixa a contribuição dos funcio-
nários em 3%. Essa não é hora de discursos provoca-
tivos. Se todos, funcionários e dirigentes do Banco,
reconhecem a importância da Cassi para a saúde dos
funcionários e para a manutenção da capacidade la-
boral destes que fazem o resultado do BB, deve-se
partir para o debate de ideias substantivas que mere-
çam a reflexão séria de ambas as partes.
O BB esclareceu que cada ponto percentual de au-
mento de sua contribuição o obriga, pela Resolução
CVM nº 695, a provisionar os valores de contribuições
futuras para todos os aposentados atuais e futuros.
Essa provisão reduz o patrimônio líquido do Banco e,
portanto, conforme previsto no Acordo de Basiléia,
que define parâmetros de capacidade operacional
dos bancos em função de seu patrimônio líquido, re-
duz sua capacidade operacional.
“Se todos querem ter a atenção à saúde garantida
até o último de seus dias, este é o desafio. O desafio
não é gerir a Cassi só pelos associados ou só pelo
Banco, mas sim gerir juntos, encontrar um objetivo
comum, que garanta a todos os funcionários, da ati-
va e aposentados, atuais e futuros, o atendimento à