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Mar-Abr/2015
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Jornal AÇÃO
PESQUISA
Informações como sexo, raça, escolaridade e tempo de trabalho traçam um retrato
de quem são as pessoas que trabalhamno Banco do Brasil. O resultado global foi
apresentado no jornal
Ação
nº 230 e está disponível no
site
da ANABB. Outras
análises específicas serão publicadas nas próximas edições do jornal
Ação
Assistentes, escriturários e gerentes representam
mais de 50% das pessoas que responderam a pesqui-
sa “Quem são os funcionários do BB?”, realizada pela
ANABB no fim de 2014. Esse público, que integra os
116 mil colaboradores da maior instituição financeira
do país, emitiu opiniões sobre remuneração, saúde,
qualidade de vida no trabalho e relações trabalhistas e
colaborou com o estudo que pode ajudar a construir o
novo perfil dos funcionários do Banco. O estudo foi rea-
lizado por pesquisadores do Laboratório de Sociologia
do Trabalho (Lastro), vinculado ao Programa de Pós-gra-
duação em Sociologia Política da Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC), e coordenado pelo professor
Samuel Lima, da Universidade de Brasília (UnB).
A Associação está debruçada sobre os dados obtidos,
a fim de estimular o debate entre as entidades repre-
sentativas do funcionalismo da ativa, a Cassi e o próprio
Banco. Para o presidente da Associação, Sergio Riede, “a
pesquisa contribuiu para a quebra de diversos mitos, li-
gados ao grau de instrução e ao comprometimento com
a carreira, além de ter buscado analisar os funcionários
sob o ponto de vista objetivo e perceptivo, mostrando da-
dos relevantes sobre o dia a dia dos trabalhadores”.
Ao analisar profundamente a pesquisa, é possível
observar que o levantamento traduz, por exemplo, uma
parte da história recente do BB, no que se refere ao tem-
po de trabalho dos funcionários. Conforme quadro a se-
guir, 22,71% do corpo funcional declarou que possui de
10 a 16 anos de trabalho na empresa, 18,46% disse ter
de 20 a 30 anos e apenas 1,39% revelou ter de 16 a 20
anos de atividades. Para entender o motivo da drástica
redução na quantidade de funcionários que trabalham
de 16 a 20 anos no BB, basta lembrar o que aconteceu
nos anos de 1995 a 1998. Esse momento foi marcado
por um plano de ajustes e enxugamento do quadro de
funcionários do Banco do Brasil. O Plano de Demissão
Voluntária (PDV) aconteceu há aproximadamente 20
anos e a pesquisa constatou a representatividade dos
que aderiram a ele na empresa.
Uma característica positiva revelada pela pesquisa
refere-se ao alto grau de instrução e profissionalismo
dos funcionários do BB. Mais de 85% do quadro de
funcionários têm nível superior, sendo que 36,03% têm
superior completo, 45,83% são pós-graduados e 3,84%
têm mestrado ou doutorado. Qual a importância desse
dado? O elevado nível de pós-graduados, por exemplo,
pode indicar que os colaboradores do Banco conside-
ram que a formação continuada pode proporcionar van-
tagens ao longo da carreira profissional. “A valorização e
a formação de pessoal é um dos requisitos de sucesso
para qualquer projeto de inovação dentro das empresas
e, de acordo com a pesquisa, os colaboradores do Ban-
co do Brasil se mostraram aptos no quesito capacita-
ção”, ressalta o presidente da ANABB.
O perfil demográfico da maioria dos funcionários em
relação a idade, gênero e raça também foi especifica-
do na pesquisa. Por idade, 64,74% dos bancários do
BB têm entre 31 e 50 anos e são a maior parte casa-
dos (57,88%). Por gênero, a maioria dos funcionários
são homens. No total, 58,44% são do sexo masculino
e 41,56%, do sexo feminino. Os dados são contrários
à realidade brasileira, tendo em vista que as mulheres
representam 51% da população do país. Entretanto, os
números tendem a mudar, pois, de acordo com a Rela-
ção Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE), em um recorte por gêne-
ro, os dados evidenciam que o nível de emprego da mão
de obra feminina cresceu 3,91% ante um aumento de
2,57% para os homens – uma diferença de 1,34 pontos
percentuais.
Veja o Relatório completo da pesquisa no
site
da
ANABB
(www.anabb.org.br).
Por Josiane Borges e Tatiane Lopes