Jornal AÇÃO
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Set-Out/2013
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O funcionário aposentado do Banco do Brasil
Vital Joffily construiu uma carreira dedicada
ao Banco e àmúsica. Com dois CDs gravados,
as apresentações deste artista já foram vistas
na Inglaterra e em várias cidades brasileiras
Cearense, natural de Fortaleza, e radicado em
Curitiba há 36 anos, Vital Joffily pode se considerar
um autodidata na música. Aos 6 anos, começou a de-
dilhar cavaquinho e violão. Com 8 anos, já fazia pe-
quenas apresentações em cineteatro. Aos 14 anos,
participou da Orquestra Sinfônica de Fortaleza como
clarinetista.
O DNA musical é herança de família. “Eu nasci com
um clima musical dentro de casa. Sou o caçula de qua-
tro irmãos e de três irmãs. Meu pai, que era funcio-
nário do Banco do Brasil, tocava flauta transversal e
minha mãe, piano e bandolim. Na minha casa, tam-
bém se ouvia o constante soar de violão, cavaquinho,
violino, órgão e acordeão, instrumentos esses tocados
por meus irmãos e irmãs”, relembra o aposentado.
Assim como o violão, o Banco do Brasil sempre
esteve presente na vida do aposentado. Seguindo a
carreira do pai, ele fez concurso para o BB em Forta-
leza aos 22 anos e tomou posse em Recife, em 1959.
Essa mudança de Estado acabou sendo determinan-
te também na área musical. “Na capital pernambu-
cana, havia um universo muito bom de música. Eu
participei do clube de violão do Estado e, com isso,
me aperfeiçoei bastante. Fiz um curso com o profes-
sor da universidade federal à época, o espanhol José
Carrión Dominguez, que me passou toda a técnica do
violão”, destaca o músico, que também é bacharel
em Direito, Letras e mestre em Linguística pela Exeter
University, na Inglaterra.
Paralelamente ao curso, Joffily apresentou-se em
diversos locais, inclusive na catedral de Exeter, na In-
glaterra. Com obras de Villa-Lobos no repertório, pro-
pagou a refinada música popular brasileira.
A carreira musical mistura-se à de bancário. No iní-
cio da década de 1990, com patrocínio do Banco do
Brasil, o músico realizou recitais em diversas agên-
cias em mais de 40 municípios brasileiros, do Ceará
ao Rio Grande do Sul. “O projeto ‘Divulgação do Ban-
co do Brasil e seus produtos pela arte musical de Vital
Joffily’ foi por mim montado e executado, com a mais
ampla cobertura jornalística providenciada pelas res-
pectivas gerências”, conta.
O artista gravou dois CDs. O primeiro foi de música
erudita. O segundo, chamado J
oias da Música Popu-
lar
, possui obras de Ari Barroso, Pixinguinha e com-
posições próprias. Um terceiro está sendo preparado
com músicas inéditas.
Com quase 30 anos dedicados ao BB e mais de
sete décadas à música, Vital Joffily resume a impor-
tância da arte em sua vida. “O violão tem sido uma
fonte inesgotável de satisfação e afastamento de pro-
blemas que a vida sempre tem. Isso ajuda a manter
um clima muito agradável de equilíbrio entre a maté-
ria e o espírito.”
A trajetória de um
bancário violonista
FUNCIONÁRIO DO BB EM DESTAQUE
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