Jornal AÇÃO
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Mai-Jun/2017
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Atenta ao trabalho realizado pelas entidades liga-
das ao Banco do Brasil, a ANABB chama atenção para
os projetos desenvolvidos pela Associação de Pais,
Amigos e Pessoas com Deficiência de Funcionários do
Banco do Brasil e da Comunidade (Apabb), que, ape-
nas em 2016, capacitou 325 pessoas para o mundo
do trabalho. Deste número, 228 alunos de várias fai-
xas etárias e diversas deficiências foram inseridos no
meio corporativo em oito estados do Brasil. Neste ano,
os projetos já estão acontecendo novamente.
Por meio dos recursos de empresas patrocinadoras,
os projetos de empregabilidade da Apabb oferecem
aulas de cidadania, informática e empreendedorismo,
formação para atividades administrativas, noções de
rotina e responsabilidades, comportamento ético (di-
reitos e deveres), relações interpessoais, diversidade
cultural, educação ambiental, higiene, saúde, direitos
humanos, etiqueta empresarial, gastronomia, horta or-
gânica, curso de DJ, entre outros.
O programa de Capacitação e Qualificação Profissio-
nal da instituição, que reúne os projetos de emprega-
bilidade, promove a autonomia, a inclusão e o fortale-
cimento da autoestima e da independência da pessoa
com deficiência (PcD), além de dar chances de me-
lhoria de vida e geração de renda para estas famílias.
Após a capacitação, os profissionais do serviço social
da Apabb acompanham os alunos durante a trajetória
profissional, oferecendo suporte e orientação para as
empresas e seus gestores.
A associação, que não tem fins lucrativos, foi fun-
dada por funcionários do Banco do Brasil em 1987.
A Apabb oferece atividades de esporte, lazer e assis-
tência social para pessoas com deficiência e suas fa-
mílias em 13 estados e no Distrito Federal. Aberta à
sociedade e a quem dela precisar, atualmente mais
de 90% do atendimento da instituição é realizado com
pessoas da comunidade, sem nenhum vínculo funcio-
nal com o BB.
Fátima Salton, mãe de cinco filhos com deficiência,
Conheça as ações da Apabb, que fomentamprojetos
de empregabilidade a pessoas com deficiência
três delas formandas de projetos de empregabilidade
do Núcleo Regional de São Paulo, já havia desistido de
vê-las trabalhando. “Minha filha de 40 anos, por exem-
plo, procurava emprego desde os 17. Essa é a primeira
vez que ela conseguiu ser incluída. Chega uma hora
que você acredita que não adianta insistir. Aí a Apabb
apareceu, nos apoiou e mudou tudo isso. O emprego
delas mudou o rumo de nossa família e principalmen-
te a vida delas”, comemorou a mãe.
A Apabb defende os princípios que estão na Decla-
ração Universal dos Direitos Humanos, conforme seu
artigo 23, de que “toda pessoa, sem considerar a sua
condição, tem direito ao trabalho, à livre escolha do
mesmo, a condições equitativas e à proteção contra
o desemprego”. Isso significa que todas as pessoas,
incluindo as PcD, têm direito ao trabalho.
Apesar da existência da Lei de Cotas (artigo 93 da
Loas – Lei nº 8.213/1991), que determina que em-
presas com mais de 100 empregados devem ocupar
de 2% a 5% de suas vagas com pessoas reabilitadas
ou com deficiência, há obstáculos que dificultam seu
cumprimento. Alguns deles são a falta de acessibilida-
de, o preconceito dos empregadores quanto à capa-
cidade laboral das PcD e a carência de mão de obra
qualificada. Existe um longo caminho a ser percorrido
e a união de esforços faz que as distâncias sejam en-
curtadas. Apoie a Apabb.
COMO APOIAR
Há muitas formas de contribuir com os projetos da
Apabb. Tempo, conhecimento e recursos financeiros
são muito bem-vindos em todos os núcleos regionais.
Você pode se tornar um associado mantenedor
ou um voluntário por meio do
site
da associação. É
possível fazer doações
on-line
, por débito automático,
cartão de crédito ou por boleto bancário. Sabe
tocar um instrumento? Fotografar? É craque em
finanças? Acesse
www.apabb.org.brou escreva para
faleconosco@apabb.org.br.
ACESSIBILIDADE