Jornal Ação 248

Jornal AÇÃO | Jan-Fev/2018 | 3 DESAFIOS PARA 2018 CARTA DO PRESIDENTE citação técnica para os cargos. Não estou aqui dizendo que o perfil político não é importante, pelo contrário, sou presidente de uma entidade de âmbito nacional e sei que as negociações e articulações fazem parte do dia a dia. Porém, lembro que essas devem ter como finalidade tra- zer soluções para o bem da coletividade, e não dificulda- des. Acredito que isso é fazer política para o bem. Quando digo que o ano será desafiador, não me refiro exclusivamente às eleições para cargos públicos. Duas importantes entidades do funcionalismo do Banco do Brasil – Cassi e Previ – também passarão por processo eleitoral e os associados e participantes terão a oportu- nidade de escolher seus representantes. Aqui também devemos votar no candidato indepen- dentemente de filiação partidária, agremiação sindical, entidades representativas do funcionalismo, priorizando aquele com melhor capacitação técnica, experiência, mo- ralidade, ética e, principalmente, que defenda com vigor os interesses legítimos dos associados e participantes. Faça a sua escolha analisando o perfil de cada um. Peça informações aos colegas sobre os candidatos, verifique como foi a atuação em entidades e se cumpriram as pro- messas de campanha. Em 2018, vamos aumentar a quan- tidade de votos que, historicamente, não ultrapassou pouco mais de 35% de votos válidos nas principais entidades do funcionalismo. Exerça a cidadania, contribua para as nossas entidades se fortalecerem por meio do seu voto. Administrar, planejar, coordenar e controlar são fun- ções que, na minha avaliação, devem ser inerentes a todos os dirigentes de entidades e não podem ser negli- genciadas em detrimento de posicionamentos políticos ou partidários. Acredito que o ideal é um conjunto har- mônico de todos esses fatores. O voto é um dever constitucional e acredito que deve- mos fazer valer esse direito, principalmente em virtude de nossa atual situação. Por isso, conclamo integrantes de associações, de entidades de classe, de sindicatos, de grupos comunitários, e adolescentes com mais de 16 anos a votar com consciência, sem assistencialismos, sem a política do “toma lá, dá cá”. Vamos estimular a efetiva participação do eleitor nos pleitos. O país precisa de alternativas positivas para que nossos filhos, netos e outras gerações carreguem o patriotismo e não percam a esperança em nosso país. Um 2018 de paz e consciência para todos! Este ano será desafiador. Para nós e para nossos futuros governantes. Nesta, que é a primeira carta que escrevo em 2018, não poderia abordar outro tema que não as eleições. Nós, brasileiros, carregamos o rótulo de mau elei- tor. Acostumamo-nos a assistir com distanciamento às decisões políticas e antecipada descrença nos re- presentantes, na democracia, nos partidos e até mes- mo nos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. No entanto, não devemos nos comportar como eleitor descompromissado. De uns anos para cá, sinto profunda necessidade de aprimorar minhas análises nas escolhas dos meus representantes, estudando cada candidato e o que eles fizeram pelo país e para os trabalhadores. Quero compartilhar esse sentimen- to com o máximo possível de pessoas. Depois de tantos acontecimentos marcantes, será a primeira vez que iremos às urnas. Não posso dei- xar de acreditar que meu voto faz a diferença para o país. Por isso, não vou anulá-lo. Quero, assim, apertar o botão verde da urna eletrônica com a convicção de que não estou escolhendo ao léu. E quero votar com a certeza de que escolhi um representante digno, ca- pacitado, coerente e defensor dos interesses justos e das necessidades básicas do povo brasileiro. Nós, funcionários da ativa e aposentados do Banco do Brasil, precisamos olhar, analisar e fazer a escolha certa. Temos que priorizar pessoas com perfil técni- co, capacidade intelectual, histórico de luta e, princi- palmente, que tenham defendido nossos interesses como cidadãos e como categoria, independentemen- te de siglas partidárias, sindicatos ou associações. Temos que eleger pessoas que nos representem e defendam os nossos direitos legítimos. Precisamos conversar com nossos funcionários, familiares, colegas de trabalho e compartilhar essa indignação de que o Brasil está afundando em um caos gerado pela corrupção e irresponsabilidade dos governantes. Nos últimos anos, a maioria de nossos representantes no Executivo, no Legislativo e no Judi- ciário priorizaram interesses pessoais, desprezando as necessidades coletivas. Há tempos estamos rendidos, limitados a resolver questões políticas que não che- gam ao fim. É por isso que meu voto em 2018 será pensado com maior cautela, priorizando aqueles com capa- Reinaldo Fujimoto – Presidente da ANABB

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