OPINIÃO
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facebook.com/anabbevocediante de tantos crimes cometidos contra o cida-
dão e o Estado?
Até quando
veremos juízes togados, em todos
os níveis da Justiça, desfilando horas de intermi-
náveis votos para justificar uma decisão apenas
porque a mídia a está transmitindo ao vivo e, desta
forma, ganhar fama por meio dos holofotes que lhe
são oferecidos?
Até quando
os canais de TV, que são conces-
sões públicas, vão produzir séries e novelas que
tentam incutir na cabeça das famílias que o que
acontece de errado na sociedade é natural e passa
a ser defendido como correto, moldando a mente
do povo incauto para que seu domínio possa ser
continuado?
Até quando
veremos nossas entidades sendo
disputadas e administradas pelo ódio entre seus
dirigentes?
Até quando
veremos disputas de poder entre
nossas instituições serem transformadas em cavalo
de batalha por interesses pessoais ou de grupos?
Até quando
vamos aceitar calados que grupos
antagônicos se digladiem para manter ou recon-
quistar o poder sem observar o interesse maior do
cidadão, que mantém seus salários, e passem a ser
considerados como facções que lutam para manter,
conquistar ou reconquistar territórios?
O que temos visto ao longo dos últimos anos
tem-nos deixado com nojo da política por causa
das atitudes de políticos e de dirigentes inescru-
pulosos.
É lamentável que o povo já esteja se conven-
cendo de que o crime compensa, pois tantos be-
nefícios concedidos aos que roubaram bilhões, por
entregarem seus comparsas do crime, não causam
mais indignação ao cidadão de bem. Este tem se-
guido, assim, desesperançoso, apático e inerte
em seu canto, apenas esperando mais uma bom-
ba ser noticiada e tentando sobreviver com aquilo
que duramente conquistou. E ainda corre o risco
de perder o emprego por culpa das administrações
ineficientes e dos maus políticos.
Ninguém mais teme a polícia, a Justiça, a Recei-
ta Federal, os órgãos de fiscalização, etc.
Os bandidos debocham das autoridades e nos
fazem cada vez mais reféns de seus crimes.
ATÉ QUANDO?
A política é importante em uma democracia. Fa-
zer política deveria ser um gesto de grandeza do
cidadão de bem para ver seus semelhantes terem
uma vida mais digna. Mas essa ação se tem desvir-
tuado de sua essência devido ao mau uso que se
tem feito dela.
Não se faz política somente entre filiados a par-
tidos políticos. Ela pode e deve ser feita em quais-
quer atividades que exercemos. Seja na igreja de
sua religião, seja nas entidades de classe, seja nas
associações de todos os tipos, seja onde se tenha
cargo diretivo, enfim, em qualquer lugar, fazer polí-
tica é a essência da vida democrática.
Aí eu pergunto:
ATÉ QUANDO?
Até quando
vamos aceitar que aqueles que se
elegem para nos representar continuem agindo
como se nós não existíssemos e usam o mandato
para se locupletar?
Até quando
vamos tolerar atos de corrupção
como os que vemos todos os dias sendo noticiados?
Até quando
vamos aceitar que essas pessoas
continuem a nos enganar e lutem, desesperada-
mente, para manter seus postos, a fim de con-
tinuarem a se beneficiar das oportunidades de
enriquecer ilegalmente, iludindo e ludibriando os
cidadãos, verdadeiros donos do país e das entida-
des onde atuam?
Até quando
vamos continuar acompanhando
noticiários, cada vez mais interessados em divulgar
o caos, pois é isso que dá audiência?
Até quando
vamos aceitar que nos conduzam
para um abismo do qual não sairemos mais, a
exemplo do que vemos na Venezuela?
Até quando
continuaremos apáticos com tanta
coisa ruim acontecendo e não mostraremos, além
da indignação, qualquer força para resistir e impe-
dir que isso penetre em nossos lares diariamente?
Até quando
vamos colocar 3 ou 4 milhões de
pessoas nas ruas para mostrar a força de uma ide-
ologia, seja ela qual for, de uma opção sexual, e
não conseguir colocar mais do que poucas cente-
nas de pessoas para protestar contra os crimino-
sos que nos roubam diariamente e continuam dis-
simulados, alegando inocência, mesmo com tanta
robustez nas provas apresentadas?
Até quando
teremos uma Justiça que, além de
cega, também está se mostrando surda e muda
DOUGLAS SCORTEGAGNA
Vice-presidente de Comunicação
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