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Page Background 24 | Jan-Fev/2017 | Jorn

al AÇÃO

tarefa requer um exercício conjunto para identifi-

car os caminhos a serem seguidos. É preciso mu-

dar, mas mudar o quê, quando, onde, com quem,

por quê? Que resultados esperar ver realizados?

É hora de somarmos todas as nossas capacida-

des, inteligências e conhecimentos para construir

a Cassi de que precisamos para as próximas déca-

das. Diria até que é hora de reinventar a Cassi. É

preciso uma Cassi para o futuro, e uma Cassi para

o futuro não é a que temos hoje, pois os cenários

na área médico-hospitalar mudam mais rápido do

que temos tido capacidade de absorver.

Neste momento, em que foi firmado um acordo

entre BB e Cassi, resultado de negociações que

contaram com a participação das principais en-

tidades representativas dos funcionários do BB

(ANABB, AAFBB, FAABB, Contraf/CUT), para a re-

alização de auditorias, consultorias, com vistas a

traçar o futuro da Cassi, não podemos nos disper-

sar, nem esmorecer, pensando que tudo está bem

encaminhado.

Agora é a hora de refletir sobre a Cassi que que-

remos para as próximas décadas e de apresentar

todas as sugestões que possam contribuir para a

construção desse futuro. Por mais absurda que

possa parecer uma contribuição, ela é melhor do

que a ausência de contribuição. Por isso, não é

hora de calar, de silenciar. As sugestões de cada

associado da Cassi podem e devem ser encami-

nhadas para a ANABB, que, como sempre o fez,

delas lançará mão para influenciar a condução

dos trabalhos junto ao BB e à Cassi. É uma cons-

trução coletiva e solidária, marca que sempre ca-

racterizou as realizações dos funcionários do BB.

Com isso, sou de opinião que iremos reinventar

a Cassi. Pode não ser fácil, mas não é impossível.

E teremos uma Cassi forte e saudável, que conti-

nue a nos ser de fundamental importância para

nossas vidas e a de nossos familiares.

Em 1988, exames clínicos apontaram que eu

era portador do protozoário

Trypanosoma cruzi

,

causador do mal de Chagas, que afeta milhões de

pessoas por este Brasil afora, muitas delas, tam-

bém, colegas do BB ou seus familiares.

Naquela oportunidade, as consequências ainda

não se haviam manifestado, mas não durou mui-

to e as arritmias cardíacas deram o ar da graça.

Fomos controlando com medicamentos. Em 1999,

tive de implantar um marca-passo para controlá-

-las. Fizemos troca de marca-passo em 2005 e

2011. Porém, logo no início de 2012, além da bra-

dicardia (batimento lento do coração), protegida

com o marca-passo, surgiu uma forte taquicardia

(batimento acelerado do coração), obrigando-me

a implantar um CDI, aparelho que contém marca-

-passo, desfibrilador, para controlar as arritmias

aceleradas, e ressincronizador, para controlar o

ritmo dos batimentos cardíacos. Isso tudo implica

inúmeros exames clínicos, internações hospitala-

res, exames especializados e cirurgias.

Nesse processo todo, a Cassi foi de fundamen-

tal, vital, importância, permitindo-me ter uma vida

saudável, dentro do quadro, e exercendo minhas

atividades plenamente até hoje.

Como a Cassi tem sido fundamental e vital para

mim, sou de opinião que ela tem sido, também, de

fundamental importância para milhares de colegas

do BB e seus familiares.

Como nós, a Cassi também tem seus contratem-

pos. Nesse momento, estamos vivenciando amplo

debate para tornar a Cassi novamente saudável e

com vida longa. É o que todos queremos.

Só que esse processo é complexo. Existem con-

flitos de interesses que exigem negociações e pon-

derações de todas as partes e que requerem um

olhar aprofundado a curto, médio e longo prazo,

sem perda de tempo.

E desvendar o futuro não é coisa simples. Essa

José Branisso

Vice-presidente Administrativo e Financeiro

vifin@anabb.org.br

OPINIÃO

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A CASSI

DO FUTURO