Page 23 - 213

Basic HTML Version

Jornal AÇÃO
|
Jan-Fev-Mar/2012
|
23
ANO NOVO,
FINANÇAS NOVAS
Por Juliana Fernandes, especial para o jornal Ação
Todo início de ano é aquele mesmo discurso: agora eu
vou me organizar financeiramente. E muita gente realmente
começa janeiro com esse objetivo, mas colocá-lo em prática
são outros quinhentos: dá trabalho e requer força de vonta-
de. Mas o resultado vale a pena, se houver pelo menos um
pouco de disciplina.
Quem ensina é o professor e economista da Fundação
Getulio Vargas (FGV) Luis Carlos Ewald, o Dr. Dinheiro do
programa Fantástico, da Rede Globo. Ele sugere o planeja-
mento financeiro em três fases distintas. Em primeiro lugar,
é preciso juntar todos os membros da família e fazer o levan-
tamento completo das despesas da casa. Listar tudo, des-
de os gastos fixos, como plano de saúde e aluguel, até as
compras que foram feitas no último mês. Passado esse le-
vantamento inicial, é preciso preparar
toda a família para anotar os gastos no
mês seguinte. “Essa parte é trabalho-
sa, mas dá resultado. Todos precisam
se comprometer a anotar tudo, nem
que seja um picolé ou um bombom”,
explica o professor Ewald. Com essas
anotações emmãos, geralmente é pos-
sível verificar que o percentual de gas-
tos da família é 30% maior que o regis-
trado no primeiro dia do levantamento
financeiro. De posse das despesas da
família, é hora de pensar na terceira
fase do planejamento e decidir tudo o
que é possível economizar. “Esse é o momento de ajustar
o que pode ser cortado e colocar essa economia como ob-
jetivo final do planejamento”, diz Ewald. E é possível cortar
muita coisa na hora desse ajuste. Os chamados supérfluos
são sempre os primeiros. Mas também se podem diminuir
gastos fixos. Ainda dá para reduzir despesas no mercado,
por exemplo, aproveitando as ofertas semanais, indo a di-
ferentes supermercados ou comprando vários itens em pro-
moção no atacado, desde que não sejam perecíveis.
Segundo o professor Ewald, que é autor do livro Sobrou
dinheiro!, atitudes como essas podem fazer que o orçamento
doméstico tenha uma redução de 30% a 35%. “Economizar
dá trabalho. É preciso bater perna e não ter preguiça, mas no
fim vale a pena, pois o resultado sempre compensa”, avalia.
COMEÇANDO A INVESTIR
Para quem já está um pouco mais organizado, consegue
ter uma boa margem mensal e ainda não sabe o que fazer
com o dinheiro que sobra, é o momento de pensar em inves-
tir. Existem inúmeras opções no mercado que fogem à tra-
dicional poupança e que oferecem rendimentos bem mais
atrativos. Segundo o especialista em finanças e sócio-diretor
da empresa DX Investimentos, Felipe Chad, é possível encon-
trar investimentos bastante seguros a partir de R$ 1.000,00.
Ele aconselha que “o ideal
é ter uma carteira diversi-
ficada. Mesmo os investi-
dores mais conservadores
podem ir muito além da
famosa poupança, esco-
lhendo ativos de Renda
Fixa que possuem o mes-
mo risco e rentabilidade
superior”, explica.
Já na previdência pri-
vada, o participante se
compromete a investir
uma parcela por mês. Esse
valor será acumulado para a aposentadoria como um com-
plemento de renda. Além disso, pode-se fazer um plano de
previdência para outras pessoas. O dinheiro, inclusive, pode
ser utilizado para a formação de um filho, a concretização de
uma grande viagem ou até mesmo para a conquista de seu
primeiro milhão. “A previdência, além de ser um ótimo veícu-
lo de investimentos, tem também benefícios fiscais para o
investidor”, explica Felipe Chad. Para os funcionários do BB,
a ANABBPrev, o fundo de pensão instituido pela ANABB, é
uma ótima opção para garantir um futuro seguro.
Segundo o professor Ewald,
o Dr. Dinheiro do programa
Fantástico, que é autor do
livro
Sobrou dinheiro!
, um
planejamento financeiro
pode fazer que o orçamento
doméstico tenha uma redução
de 30% a 35%
EDUCAÇÃO FINANCEIRA