ESPECIAL CASSI

Especial 3 CASSI A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) foi criada em 27 de janeiro de 1944 por um grupo de funcio- nários do BB, com o objetivo de ressarcir as despesas com trata- mento de saúde do segmento com serviços prestados por médicos credenciados que não pertenciam aos quadros do Banco. O Banco, no entanto, perma- neceu com o Instituto de Aposen- tadoria e Pensão dos Bancários (IAPB), que foi extinto na década de 1960, o que fez que os serviços médico-hospitalares dos funcioná- rios se deteriorassem. A Cassi, en- tão, assumiu completamente a as- sistência à saúde dos empregados do Banco, e a filiação à Caixa de Assistência tornou-se obrigatória. Estudos atuariais apontaram, na década de 1990, para a ne- cessidade de aumento da contri- buição dos associados para que as finanças da Cassi se equilibras- sem. E o Banco do Brasil iniciou, em 1995, nova reestruturação, que transformou a Cassi em uma caixa gestora de plano de saúde. O Banco, por sua vez, saiu da con- dição de prestador da assistência médico-hospitalar e passou à con- dição de patrocinador da Caixa de Assistência. A partir daí, o processo de au- tonomia da Cassi em relação ao Banco do Brasil foi iniciado e a entidade passou a assumir suas próprias despesas administrativas. Ao mesmo tempo, foi implantado o novo Modelo Assistencial de Aten- ção Integral à Saúde, fazendo com que a Cassi se transformasse em uma promotora de saúde, especial- mente na prevenção de doenças. A reforma também incluiu a cria- ção do Plano de Associados para os empregados da ativa e aposenta- dos e o Plano Cassi Família para os dependentes indiretos. Três anos depois dessa reforma, auditores independentes identificaram nova- mente problemas e emitiram pa- recer preocupante para a situação financeira da Caixa de Assistência. Apesar de adotar um modelo de excelência em saúde, a Cassi apresentou sucessivos déficits ao longo dos anos. Embora o Plano Cassi Família tenha-se mantido equilibrado, o Plano de Associa- dos apresenta desequilíbrio entre receitas e despesas desde 2005, recuperando-se a partir de 2007 e encontrando-se novamente em déficit a partir de 2012. Entidades representativas dos funcionários do BB, gestores da Cassi e o próprio Banco têm-se mobilizado, desde então, para bus- car uma solução definitiva para o desequilíbrio financeiro da Caixa de Assistência. No entanto, os acordos firmados até agora só ga- rantiram soluções temporárias. E, assim, a Cassi segue sem um bom diagnóstico para seu futuro.

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